quarta-feira, 7 de outubro de 2015

LUTANDO CONTRA AS MÁQUINAS


Assim como eu, você é mais uma pessoa que desfruta da praticidade que as máquinas têm nos oferecido hoje em dia, não é verdade? Por exemplo, eu nem lembro a última vez que peguei uma fila nos bancos (como odiava!). Hoje conseguimos pagar nossas contas pelo computador de casa: é uma maravilha!

Aqui em Recife/PE, em um encontro de profissionais de informática das regiões Norte e Nordeste, um dos assuntos que comentamos nos corredores foi a preocupante invasão das máquinas nos mais diversos serviços existentes. Preocupante porque onde existe uma máquina, uma ou mais pessoas foram desempregadas, ou simplesmente descartadas.

É uma ideologia muito fácil de entender: Uma máquina trabalha o dia todo, não recebe salário, não cansa, não reclama e a despesa com manutenção é baixíssima. Por isto as empresas preferem as máquinas. Se você prestar atenção, temos diversas máquinas em nossa cidade: caixas eletrônicos, máquinas de bebidas e guloseimas, máquinas de sorvete etc.

Por toda Europa já não existem mais pessoas nos caixas dos pedágios. Tudo é feito por máquinas que recolhem o dinheiro, orientam e fazem todo o serviço que uma pessoa fazia há pouco tempo atrás. Na Inglaterra, fiquei surpreso ao encontrar em um supermercado uma máquina que registrava a mercadoria, recebia o dinheiro e dava o troco sem erros.

E vai ficar pior (ou melhor) – dependendo do seu ponto de vista. Se você for olhar pela comodidade, as máquinas ajudam muito. Mas se você analisar a quantidade de pessoas que tem o emprego ceifado, isto é um assunto gravíssimo.

E indo mais a fundo, as máquinas que desempregam geram lucro para apenas uma pessoa: O dono das máquinas. É um verdadeiro monopólio ou latifúndio tecnológico e financeiro. Na minha concepção as máquinas só deveriam substituir o homem em serviços que trouxesse riscos para a vida do ser humano. Ou então existir uma cota de máquinas por empresa.

Fica a dica para os políticos que vivem esbanjando propagandas com frases do tipo: “EU FIZ, EU TROUXE” como se tirassem dinheiro do próprio bolso (sabemos que tudo é feito com desvios das verbas públicas): LUTEM PELA SOCIEDADE! GRITEM POR ALGO DE VERDADE!


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Palavras ofensivas não são permitidas