quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

A CIDADE MAIS QUENTE DO BRASIL


O calor em Jequié está à beira do insuportável. Basta tomarmos um banho e pouco tempo depois sentimos o suor escorrendo pelo rosto. Quem mais reclama são os moradores das cidades vizinhas que sentem uma baita dor de cabeça quando visitam nossa cidade com esta temperatura escaldante. E não podemos reclamar do nosso calor: Estamos localizados em uma zona de caatinga e o sol forte é uma característica natural deste clima quente e seco da nossa terra.

Duro até de pensar é saber que Jequié não é a cidade mais quente do Brasil. E apesar de reclamarmos amistosamente deste calor torrencial, a temperatura da nossa cidade não chega nem perto das cidades comprovadamente mais quentes do nosso país. Nunca me esquecerei uma tarde que andei pelas ruas de Sobradinho/BA. A impressão que eu tive era de estar próximo a uma fogueira tamanho o mormaço que minha pele sentia quando o vento soprava naquelas terras áridas e secas. E sobradinho, que fica no sertão baiano, também não é considerada a cidade mais quente do Brasil.

Este título fica para Bom Jesus, cidade do Piaui. No dia 21 de novembro de 2005, o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) registrou ali incríveis 44,7°C. O Piauí é também, segundo medições do INMET, o estado com 25% das temperaturas mais quentes registradas em todo país no ano de 2015.
A Bahia também tem suas cidades recordistas: Ibotirama, Cipó, Barra e Euclides da Cunha já entraram nas estatísticas por terem registrado a temperatura mais quente do Brasil. Ibotirama alcançou esta proeza em 8 (oito) ocasiões.

Jequié também não faz parte da relação das 30 cidades consideradas mais quentes do Brasil. Nem temos pretensão... Para que esquentar o que já anda pegando fogo?

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

POLÍCIA


Se alguém, dirigindo alcoolizado, colocar em risco a própria vida e ou a vida dos outros, lá está a polícia fiscalizando com bafômetros. Se a sociedade for sacudida pelos malefícios causados pelo comércio de entorpecentes, lá está a polícia colocando a própria vida em jogo para manter a ordem e a segurança. Sempre que acontecer algum ato de violência ou desrespeito às Leis, a polícia estará presente para atender ao chamado e resolver o problema. Existem inúmeros policiais que honram a profissão com dignidade e compromisso perante a sociedade.

Porém, existe um outro lado: E o que você vai ler não é novidade. É estarrecedor, mas é verdade: *Um levantamento realizado pelo Superior Tribunal Militar (STM) apontou que o número de soldados envolvidos com o consumo, tráfico e porte de drogas nas Forças Armadas aumentaram 337,5% nos últimos 12 anos. Ou seja, a cada dia cresce o número de soldados envolvidos com atos ilícitos. Enquanto que em 2002 foram registrados 64 processos em unidades militares, em 2014 foram registrados 280 casos, o maior número desde que a análise é feita. Desse total, 36% dos envolvidos no período analisado estavam trabalhando no momento do crime, e 20% deles estavam armados.

Agora, algumas perguntas: Como será que a polícia trabalha para coibir a execução de tarefas por policiais que estejam sob o uso de álcool e ou entorpecentes? Quem é que fiscaliza se o policial está trabalhando alcoolizado? Existe bafômetro no quartel? Existe exame antidoping na polícia para saber quais policiais fazem uso de drogas ilícitas, e consequentemente alimentam o tráfico direta ou indiretamente? Pois, como poderia um mantenedor da ordem combater o que ele mesmo pratica regularmente? A polícia está preocupada e tem feito ações para descobrir, afastar dos serviços e oferecer tratamento para quem faz parte desta triste estatística?

Uma frase usada pelos mais velhos nos diz que o mal se corta pela raiz. É certo que, se nenhuma medida for tomada, se esta atitude de alguns policiais continuar oculta, desapercebida, escondida, a nossa polícia, assim como a política, entrará em colapso.

A sociedade precisa da polícia. Da mesma forma a sociedade também precisa dos direitos humanos. E dependemos muito da integridade e honestidade de cada cidadão. Se em qualquer instituição não houver reconhecimento de erros seguido de atitudes enérgicas para conter e coibir estes percalços, a sociedade perde o rumo e vira uma bagunça. 

*Fonte:

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

PAGANDO JUROS


Pagar juros é um mal negócio. Geralmente não nos importamos com isto, pois muitos de nós achamos barato pagar alguns centavos a mais nas nossas contas. Outros se acostumam a pagar as contas com atraso e sequer notam os valores que foram acrescidos. O certo é que pagar juros, por menor que for, não é bom para você.
Recentemente uma amiga me revelou que estava pagando aproximadamente R$ 650,00 mensais de juros na fatura do cartão de crédito. Fiquei assustado. É muito dinheiro!
Para evitar cometer tamanho erro, você precisa entender quanto vale cada centavo de juros.

E para entender o prejuízo que os juros causam no seu bolso, eu aconselho fazer uma poupança bancária. Crie o hábito de fazer depósitos todo mês, não importando o valor. Pode começar depositando R$ 10,00 (dez reais) por exemplo. Se puder depositar um valor maior ou mais de uma vez ao mês, melhor ainda, mas é importante que faça isto. Adianto que não é uma coisa fácil. Você vai ter que resistir a tentações para poupar. Terá que adiar a compra de uma roupa ou um sapato, terá que cortar uma farra de final de semana para economizar e poder ir ao banco guardar seu dinheiro.

Em poucos meses você sentirá na própria pele a dificuldade para angariar algumas moedas dos juros da poupança. Vai verificar pessoalmente que aquele dinheiro suado, que fez você abrir mão de algumas coisas, rende muito pouco. R$ 500,00 em um mês rende aproximadamente R$ 3,00 em juros. Aquela amiga minha teria que manter R$ 108.333,00 na poupança para alcançar os R$ 650,00 mensais de juros que ela “dá” ao cartão de crédito. Ela não poderia estar fazendo o inverso? Ou seja, estar guardando na poupança este valor pago a mais?

Quero lhe chamar a atenção para isto: Negocie seus débitos, diminua as despesas. Estipule um prazo para quitar tudo que você deve. Aperte os cintos, jogue duro e diminua o consumo. Programe seu futuro. Além de ruim, manter dívidas e pagar mais caro tiram sua paz interior e não deixam você agir com sabedoria. Comece o ano de 2016 com muito juízo e nada de juros.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

DESTRUIDORES


Não estamos nem aí para este papo de mãe natureza. O que importa é o nosso bem-estar diante da correria do dia a dia. Em um delicioso banho de 5 minutos gastamos cerca de 50 litros de água potável. Nossos carros e motos poluem o ar cada vez que rodamos com eles. Jogamos (a maioria da população) lixo nas ruas.  Nunca plantamos uma árvore em nossas vidas, mas nossas casas possuem madeiras de diversas árvores que foram derrubadas. Os rios de Contas e Jequiezinho nem existem mais, são apenas uma mistura de esgoto, mato e limo. É incrível que exatamente tudo que consumimos e usamos veio da natureza e retornam para ela em forma de lixo e esgoto. Não estamos nem um pouco preocupados onde vai parar todo resíduo, toda sujeira diária que produzimos em nossas casas. Acho que some, evapora... saiu da nossa casa, deixa de existir.

Mas, e daí? Quem é que está ligando se a natureza está acabando? Nos encantamos com o canto de um pássaro engaiolado. E é tão gostoso comer um ensopado de tatu, de paca, capivara, perdiz. Extinção é igual a caviar: a gente ouve falar...
As gerações futuras que encontrem uma solução para os problemas que estamos produzindo. O que importa é que temos água, energia, gasolina, animais, árvores em abundância para destruirmos.

Acredito que somente uma vez no ano as escolas dos nossos filhos falam alguma coisa sobre preservação da natureza. Mais uma vez nossas crianças estão sendo mal-educadas, pessimamente orientadas e consequentemente seguindo os mesmos erros nossos: Extremamente consumistas, egoístas, acabando com todos bens naturais renováveis e não renováveis ainda existentes.

Já passou do tempo das escolas, igrejas, creches, jornais, blogs – todos os meios de educação e de informação – educarem nosso povo diariamente. Educarem para valer, insistentemente. Não há mais espaço para pessoas apenas consumistas no nosso planeta. Já está no tempo de eu e você revermos nossas atitudes. Nunca o mundo precisou tanto de nós, os destruidores! 

terça-feira, 20 de outubro de 2015

BANDIDO BOM É BANDIDO...


Transformado. Sim, transformado, recuperado, com oportunidades de ter uma nova vida.

E mais uma vez estou na contramão das opiniões públicas, pois em recente pesquisa Datafolha realizada no final de julho, 50% da população brasileira apoia a ideia de que bandido bom é bandido morto. Já fui a favor da pena de morte, mas do alto dos meus 44 anos, onde a razão vem falando mais forte que a emoção, já não vejo mais vantagem na Lei de Talião (“olho por olho, dente por dente”). Hoje tenho minhas convicções pessoais para ser contra o assassinato de qualquer cidadão.

Primeiro por base bíblica, pois disse Jesus:  “quem não tiver pecado que atire a primeira pedra” (João 8:7), evitando que a vida de uma mulher adúltera fosse ceifada.

Depois, por ser voluntário em um centro de recuperação para viciados. Esta razão, aliás, tem sido um grande motivo de mudança na minha maneira de pensar nos últimos anos. A cada semana conheço pessoas que parecem ser “restos de seres humanos”. Assassinos, drogados, violentos, aparentemente indomáveis. E acredite: muitos são recuperados. Pessoas que foram espancadas, rejeitadas, criadas à mercê da marginalidade. Após alguns meses de abstinência, passam a enxergar o que é viver decentemente. Todos têm uma história para contar. Todos eles têm um sonho.
Conheci um centro de recuperação para viciados em Lisboa/Portugal. Médicos, psicólogos, profissionais de primeira qualidade envolvidos na recuperação de pessoas. Me garantiram uma taxa de 90% de recuperação dos pacientes.
Aqui, sem psicólogos, sem médicos, sem medicamentos e apenas com a boa vontade de alguns voluntários esta taxa de recuperação cai para meros 10%. Os outros 90% voltam para vida alheia.

De quem é a culpa? A nossa Presidente Dilma Rousseff está prestes a informar um rombo de 50 bilhões de reais nos cofres do governo. Para onde foi todo este dinheiro? Uma coisa é certa: Não veio para recuperar vidas destruídas nem para nossas crianças, a base do nosso futuro. Então, infelizmente, posso completar o título desta coluna desta maneira: BANDIDO BOM É CRIANÇA SEM EDUCAÇÃO, SEM SAÚDE, SEM ESPORTE, SEM LAZER, SEM APOIO...

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

UMA CRIANÇA ME ENSINOU


Apesar das dificuldades financeiras que meus pais enfrentaram durante minha infância, nunca deixaram faltar as coisas mais preciosas que uma família pode dar aos filhos: Amor, carinho, correção, alimentação, estudos e fé em Deus. Hoje, além destas coisas, posso oferecer aos meus filhos todo conforto possível por possuir uma vida estabilizada.

Eu e minha esposa sempre refletimos se estamos exagerando na quantidade de mimos que oferecemos para nossos filhos e o quanto isto poderá (ou não) prejudicar a vida deles. Será realmente válido dar tantos brinquedos e tudo mais quanto desejam? Temos casais de amigos que entopem os filhos de brinquedos como forma de suprir uma ausência causada pelo excesso de trabalho que a vida exige atualmente.

Sempre falamos aos nossos filhos que existem muitas crianças que não possuem esta fartura. E mostramos para eles a importância de compartilhar, de doar e ter compaixão por quem não tem as mesmas oportunidades. Ter humildade é um ato de nobreza!

Há algum tempo atrás morava defronte a nossa casa uma família com 9 filhos. Muito pobres, eles viviam (não sei como) em uma casa com apenas um quarto. As crianças andavam descalças brincando pela rua o tempo todo. Quase não tinham brinquedos. Se deliciavam quando eram convidadas por meu filho Erick para brincarem na garagem da nossa casa. Erick tinha tantos carrinhos, bolas e jogos que era notável a alegria daquela meninada no meio de tanta novidade.

E pasmem, nunca – nunca mesmo – desapareceu um só carrinho dos brinquedos do meu filho. Em meio a tantas crianças daquela humilde família, nunca desapareceu um só brinquedo.
Certo dia, uma daquelas crianças chegou em nossa casa procurando por Erick. Ela trazia em suas mãos um simples carrinho de plástico que tinha acabado de ganhar.
– Erick, olha o presente que eu trouxe para você.: Toma Erick, é seu, porque deste carro você não tem! (...)

Não há como negar a surpresa que esta atitude causou em nós diante das circunstâncias.
Amigos, que o dia das crianças sirva para refletirmos o tipo de pessoas que somos e quanto devemos mudar para alcançarmos um coração puro, inocente e feliz por poder compartilhar algo com alguém!

IGREJAS



Chega a assustar a quantidade de igrejas que surgem a cada dia. Certamente na sua rua ou próximo da sua casa uma nova igreja tenha sido inaugurada. Olhando pelo lado bom, a igreja que cumpre o seu papel como educadora e com responsabilidade social só traz benefícios para a cidade. Ainda que algumas pessoas sejam resistentes a este crescimento do número de templos, biblicamente falando, foi o próprio Jesus quem permitiu a divulgação do seu reino por toda e qualquer pessoa (Lucas 9:49-50).

Entretanto, a igreja passa a ser um problema quando, por ignorância ou descuido dos seus líderes, desrespeita às Leis e os direitos dos cidadãos. Por exemplo, existem igrejas que não possuem controle do volume do som em seus cultos. Isto não só incomoda toda vizinhança como pode causar sérios danos à audição dos seus frequentadores, principalmente em crianças e idosos.

Quanto a intolerância religiosa praticada por alguns seguidores (que deve ser combatida por todo e qualquer credo), se analisarmos bem, é a mesma intolerância que vemos no futebol e na política: cada um tem a sua opinião e quer impor como melhor que a do outro (coisa típica de pessoas mal-educadas).

É também muito importante que cada membro de um credo não seja apenas ouvinte, mas participante das ordenações e obrigações da sua igreja. E é obrigação de cada igreja disponibilizar de maneira clara todas as arrecadações e despesas para seus membros.

Igualmente à política, muitas igrejas têm passado por grandes problemas pelo fato de seus líderes serem péssimos administradores financeiros ou por agirem de má fé. Arrecadar o dinheiro do povo é fácil (impostos, dízimos), mas transformar estes créditos em benefícios não é para qualquer um – e rapidamente tudo pode ir embora pelo ralo.


Fique atento! Igreja deve ser um local de benção, de bom auxilio à comunidade. Mas para ser benção a igreja tem que ser bem administrada e deve contar com a colaboração dos seus membros. A igreja deve sim prestar contas e ser fiscalizada. Biblicamente falando: “Dai a César o que é de César e dai a Deus o que é de Deus” (Lucas 20:25). Amém!

BOLSA FAMÍLIA


Muitos dizem que são contra. Dizem que o único objetivo da ajuda financeira do governo ao povo é angariar votos. Falam que é uma maneira de manter o povo sem esclarecimento, “burro”. Dizem que o bolsa família é uma fábrica de preguiçosos, que serve para manter uma falsa boa vida para viciados e acomodados. “ Ninguém mais quer trabalhar! ” – Esbravejam muitos.

Até minha professora da faculdade revelou na sala de aula sua insatisfação com esta “despesa” de bilhões de reais que o governo oferece para o povo. Mas no final da aula ela deixou escapar que um dia por semana seu grupo religioso distribui sopa em um bairro periférico de Jequié, e isto me fez relembrar fortemente o meu passado.

Minha infância é de um tempo que o Brasil era considerado o país dos mendigos. Não levávamos sopa para os pobres – não porque não precisassem – mas porque os pobres vinham para as ruas e para nossas portas pedir um pedaço de pão clamando “pelo amor de Deus! ”. Eu vi e vivi um tempo em que cegos, paralíticos, crianças, idosos e toda sorte de pessoas com uma vida miserável disputavam um lugar nas esquinas e nas portas das lojas em busca de moedas e, com as contas de água e energia estendidas nas mãos, suplicavam que alguém pagasse.

Veio a bolsa família. Veio um alento aos pobres. Veio a distribuição de rendas. Fim dos mendigos. Fim dos cegos e aleijados com pandeiros nas ruas, fim das crianças pedintes nas calçadas. E digo mais: A bolsa família causa revolta em muita gente rica pelo fato de não mais encontrarem quem se submeta ao trabalho doméstico em troca de uma mixaria, sem carteira assinada.

E se é uma grande despesa para o governo dar dinheiro aos pobres, muito maior são as quantias desviadas para os bolsos dos políticos desonestos, safados e protegidos pelas ineficientes Leis políticas! Se o bolsa família é uma compra de votos, viver na miséria era igualmente motivo de sobra para o povo vender toda sua família para os políticos. Nossa guerra tem que ser contra esta falsa política democrata, jamais contra os pobres! 

JEQUIÉ: UMA VIDA COM QUALIDADE


Há 43 anos atrás meus pais trocaram o Rio de Janeiro pela tranquilidade da cidade de Jequié. Eles agiram na contramão da realidade da época, onde o êxodo rural clamava mais forte e muitas famílias partiam para as grandes capitais do nosso país em busca de oportunidades. Mas Jequié sempre foi de fácil adaptação para todos aqueles que aqui desembarcam. E mais do que antes, hoje nossa cidade tem tudo que uma família procura: Boa escola para os filhos, faculdades, opções de moradia, comércio estruturado, excelente localização geográfica, clínicas e hospitais, academias, tranquilidade, diversas opções de lazer e um povo muito acolhedor.

Apesar das nossas constantes críticas pelo deszelo dos nossos representantes políticos para com a nossa cidade, ainda existem muitas coisas que não damos o devido valor, mas que existem e melhoram nossa qualidade de vida.

Um amigo de Fortaleza que esteve aqui em nossa cidade no último final de semana elogiou algumas coisas que muitas vezes passam despercebidas por nós. Uma delas a fartura das nossas feiras livres, com alimentos frescos e muita diversidade. A facilidade de acesso a todos pontos da cidade, onde tudo é perto. Excelentes restaurantes, praças de alimentação, igrejas e locais para a garotada se divertir. Ou seja, meu amigo saiu convencido de que virá residir em Jequié por não mais suportar os engarrafamentos, o enclausuramento dos filhos em um apartamento e o grande stress de uma grande capital.

Me lembrei de uma história de Olavo Bilac, que a pedido de um amigo, fez um anúncio para vender um sítio que gerava muito trabalho e despesas. Olavo Bilac descreveu no anúncio às qualidades do local com muitos pássaros, árvores, frutas, riachos e tranquilidade. Meses depois Olavo encontrou o amigo e perguntou se tinha vendido a propriedade. "Nem pensei mais nisso", respondeu ele. "Quando li o anúncio que você escreveu, percebi a maravilha que eu possuía.".

Fico a imaginar a nossa Jequié quando encontrar um gestor que esteja focado na qualidade de vida dos seus habitantes. Ha! como é bom sonhar...

OPOSIÇÃO?


A situação de Jequié é sofrível: a cidade está suja, praças pichadas, depredadas. As ruas esburacadas e a administração completamente sem rumo, desorientada. Serviços públicos deixando a desejar e os patrimônios precisando de reformas. Descontentamento unânime da população.

Mas, pior ainda, muito pior, é olharmos a oposição. Para que serve a oposição?
Serve de papagaio para repetir tudo que citei acima, o que todos sabem. Uma oposição sem projetos, sem lucidez e sem o mínimo de capacidade para tirar a cidade do crescente precipício.

A oposição é um bando de hienas atormentando um leão para tomar-lhe a carcaça dos braços. A oposição só deseja o poder. Só deseja derrubar mais um bêbado da escada. Nossos políticos não somam nem lutam pela sociedade, mas pelo poder.

E mais uma eleição está vindo aí. E os urubus e as hienas aparecem para a festa.

Não precisamos que apareçam mais políticos: Precisamos de um líder! Alguém que cuide da própria família, que seja honesto, que esteja envolvido com causas sociais. Não precisamos de oposição, mas de alguém que apoie as boas ideias e abomine os conchavos políticos. Será que existe este herói? Um Moisés que liberte Jequié da escravidão e atravesse um mar de lama sem se sujar?


ONDE ESTÃO AS ÁGUAS?


A terra possui aproximadamente 1.260.000.000.000.000.000.000 de litros de água. Deste total, apenas 1% está disponível para consumo imediato. 6 países (Brasil, Canadá, Rússia, Indonésia, China e Colômbia) possuem 50% de todas as reservas de água fresca do planeta. Bom lembrar que no subsolo brasileiro encontram-se dois terços do aquífero Guarany, que possui cerca de 45.000 Km³ de água potável e estudos apontam que serviria para abastecer o mundo pelos próximos 250 anos. O certo é que o nosso planeta está repleto de água: nas nuvens, na terra, no subsolo, no corpo dos animais, em todo lugar.

Se olharmos para o céu a coisa muda de figura e intriga nossa ciência. Não há explicação convincente para o fato da lua, tão próxima de nós, não ter um laguinho de água sequer. Só muita poeira e pedras. Para tentar extrair um litro de água da lua seria necessário muito investimento e muita tecnologia. Em Marte também não encontramos água. As Sondas Spirit e Opportunity estão há 10 anos explorando o planeta vermelho e até agora só tem encontrado poeira, pedras e suposições. As esperanças agora estão voltadas para a sonda New Horizons (lançada pelos EUA em 2006) que está orbitando o planeta anão Plutão em busca de água e gelo.

Até então, parece que algo deu errado na explosão do Big Bang fazendo com que toda água existente se juntasse somente no nosso planeta. Enquanto computadores, máquinas, ciência e pessoas extremamente inteligentes tentam explicar esta água “inexplicável”, há praticamente 4.000 anos atrás, um simples homem sem papel e lápis, sem faculdade, sem computador, sem telescópio e sem satélite para colher informações escreveu um livro que conta a autoria da criação de todas as coisas e diz que toda água do universo foi desviada para o planeta Terra. A saber, este homem chamava-se Moisés e o livro chama-se Gênesis. Está lá, escrito na primeira página da Bíblia Sagrada. Como será que Moisés descobriu isto há tanto tempo atrás?

LUTANDO CONTRA AS MÁQUINAS


Assim como eu, você é mais uma pessoa que desfruta da praticidade que as máquinas têm nos oferecido hoje em dia, não é verdade? Por exemplo, eu nem lembro a última vez que peguei uma fila nos bancos (como odiava!). Hoje conseguimos pagar nossas contas pelo computador de casa: é uma maravilha!

Aqui em Recife/PE, em um encontro de profissionais de informática das regiões Norte e Nordeste, um dos assuntos que comentamos nos corredores foi a preocupante invasão das máquinas nos mais diversos serviços existentes. Preocupante porque onde existe uma máquina, uma ou mais pessoas foram desempregadas, ou simplesmente descartadas.

É uma ideologia muito fácil de entender: Uma máquina trabalha o dia todo, não recebe salário, não cansa, não reclama e a despesa com manutenção é baixíssima. Por isto as empresas preferem as máquinas. Se você prestar atenção, temos diversas máquinas em nossa cidade: caixas eletrônicos, máquinas de bebidas e guloseimas, máquinas de sorvete etc.

Por toda Europa já não existem mais pessoas nos caixas dos pedágios. Tudo é feito por máquinas que recolhem o dinheiro, orientam e fazem todo o serviço que uma pessoa fazia há pouco tempo atrás. Na Inglaterra, fiquei surpreso ao encontrar em um supermercado uma máquina que registrava a mercadoria, recebia o dinheiro e dava o troco sem erros.

E vai ficar pior (ou melhor) – dependendo do seu ponto de vista. Se você for olhar pela comodidade, as máquinas ajudam muito. Mas se você analisar a quantidade de pessoas que tem o emprego ceifado, isto é um assunto gravíssimo.

E indo mais a fundo, as máquinas que desempregam geram lucro para apenas uma pessoa: O dono das máquinas. É um verdadeiro monopólio ou latifúndio tecnológico e financeiro. Na minha concepção as máquinas só deveriam substituir o homem em serviços que trouxesse riscos para a vida do ser humano. Ou então existir uma cota de máquinas por empresa.

Fica a dica para os políticos que vivem esbanjando propagandas com frases do tipo: “EU FIZ, EU TROUXE” como se tirassem dinheiro do próprio bolso (sabemos que tudo é feito com desvios das verbas públicas): LUTEM PELA SOCIEDADE! GRITEM POR ALGO DE VERDADE!


PERDEMOS MAIS UMA VEZ!


Há quem pense que o cancelamento das reeleições tenha sido uma vitória. No meu ponto de vista, pouco vai mudar e muito pouco vai acrescentar na luta contra corrupção. Mais uma vez estão tentando amordaçar nossas bocas com muito marketing e pouca ação. Meus amigos conhecem minha autoestima e otimismo, mas não consigo enxergar evolução em um lugar onde reina a preguiça e a luxúria. 

Digo com todas as letras que os cargos políticos da maneira que são exercidos servem apenas para criar esbanjadores do dinheiro público. Chega a ser irônico, mas exercer um cargo político é viver isolado do povo. Depois que entra no paletó o político vê o povo como povinho e as necessidades do povo como desnecessárias. Qual político vai colocar seu sapato novo e lustrado em uma rua sem calçamento e com esgotos a céu aberto? Qual político vai utilizar um posto de saúde sem médico e sem medicamentos já que suas contas bancárias e seus bolsos estão cheios de cédulas de R$ 100,00 (cem reais)?

Uma coisa que deveria ser observada era a profissão de cada político eleito. É pedreiro? Vai trabalhar como pedreiro para o povo. É médico? Vai ter que trabalhar para o povo naquele posto sem médico e medicamentos. Eles tinham que estar convivendo diariamente conosco experimentando os buracos nas ruas, ouvindo nossas reclamações e nossas vaias. Porque estes “príncipes” ganham salário gordo pago pelo nosso suor e ainda tem todo tempo do mundo para seus trabalhos particulares? É por isto que andam em suas fazendas, em seus paletós, aviões, carrões, mansões e ricos investimentos nas eleições. Cheios de “ões” e o povo cheio de “ais”!

Já diziam nossos avós: mente vazia é oficina do diabo! Enquanto a classe política tiver esta regalia de tomar banho de piscina nas segundas-feiras enquanto que nós, o povo, temos que dar duro, nada vai mudar.


PERDEMOS MAIS UMA VEZ! Grrrrrrrrrrrrrrr!

MARKETING POLÍTICO


Quem mais investe em propaganda, um comerciante ou um político? O comerciante obviamente tem que investir em marketing, pois tem um comércio. Mas política é comércio para precisar de propaganda? Acho que tem algo errado nisto aí.
Primeiro porque propaganda política não passa de uma grande forma de enganar o povo. Enganar porque divulga como novidade, como exclusivo, como grande feito qualquer ato que na verdade é tarefa assalariada do político.

O que queremos que os políticos divulguem nas mídias não são obras, lutas, serviços que nada são além das suas obrigações. Queremos saber quanto ganham a cada mês, quanto dinheiro recebem e estouram nas campanhas, quantas horas apareceram para trabalhar e quais os projetos que criaram, projetos que aprovaram, projetos que reprovaram e projetos que executaram.

O que queremos é uma ficha detalhada e verdadeira de cada político para enfim descobrirmos porque tanta gente com profissão promissora e que nunca participou de obras sociais tem se interessado pelo mundo político dizendo querer servir ao povo.

Queremos saber porque investem tanto, muito mais do que o salário do cargo político pode oferecer, para serem eleitos.

Mostrem-nos o mar de dinheiro que passam por suas mãos! Mostrem-nos o mar de dinheiro que gastam em propaganda, nas alianças e nas estratégias para tentarem ser eleitos.

O político não é patrão, é empregado do povo. É servo do povo. É e deve estar unicamente direcionado aos interesses do povo. Mas como pode alguém gostar tanto de trabalhar para querer conciliar sua profissão com um cargo político? Uma das partes vai ficar mal servida e não precisamos pensar muito para saber que o serviço ao povo será o prejudicado.

Tanta gente querendo se passar por irmã Dulce para ser eleito. E haja propaganda!

Acho que tem algo errado nisto aí.

PRISIONEIROS DO CELULAR


Quem não tem um celular nos dias de hoje?
Mas quem é que utiliza o celular apenas para telefonar?
Na verdade o celular se transformou em um objeto indispensável na vida de cada ser humano. Está sendo um aparelho tão desejado e viciante que em muitos casos seu uso faz com que as pessoas se esqueçam até de se alimentar. Isto para não falar de outras atividades que ele está substituindo, tais como os estudos, a leitura de um livro, um bate papo entre amigos, uma conversa com membros da família, etc.

Tudo isto deve-se ao fato dele ter se tornado uma grande fonte de entretenimento. Os celulares nos disponibilizam jogos, redes sociais, câmera fotográfica, GPS, ufa!!! Tudo de forma simples e imediata para usarmos em qualquer lugar que estivermos. E como é prazeroso ocuparmos nosso tempo com uma diversão quando estamos sem fazer nada, não é mesmo?
Mas será que somos disciplinados para usarmos o celular somente quando estamos com tempo disponível?

E será que esta diversão que temos ao toque dos nossos dedos está nos evoluindo?
Não é bem isto que temos visto por aí. Pra ser sincero, se prestarmos atenção, veremos que o uso do celular está gerando nas pessoas uma grande falta de educação e um grande roubo do precioso tempo que temos. Falta de educação porque não mais olhamos nos olhos das pessoas quando estamos conversando: antes, nosso olhar estará fixo na tela do celular. Vemos isto acontecer nas famílias, nas amizades e no trabalho. O contato com as opções do celular está sendo mais importante do que o contato com as pessoas. O mundo virtual está sendo mais participativo das nossas vidas do que o mundo real. Você já notou isto?

Até mesmo em algumas lojas os vendedores não nos olham quando perguntamos algo... simplesmente respondem sim ou não enquanto se deliciam com seus celulares.
E é um grande roubo do precioso tempo que temos, pois em nada difere estar sentado o dia todo na porta de um bar, ou na frente de um videogame ou na frente da televisão. Os resultados são os mesmos: Tempo perdido, nenhum aprendizado, acomodação, preguiça para pensar.
E nós dizemos: Não consigo viver sem meu celular!

Contra tudo isto e contra a minha própria vontade, em julho de 2014 resolvi fazer um teste e joguei meu celular no “lixo”. Sabe o que descobri? Que tenho uma família maravilhosa, que tenho amigos legais, que existem passarinhos cantando ao ar livre, que existe pôr do sol. Descobri também que ser moderno é estar completamente envolvido com tudo que está ao nosso redor e não estar completamente envolvido com a tecnologia. Descobri que existe uma vida maravilhosa do lado de fora do celular.


Meus amigos ainda me perguntam como consigo viver sem um celular. O que sei é que agora eu estou vivendo de verdade. 

FÉRIAS COM A FAMÍLIA


Há algum tempo atrás, após anos de trabalho a fio, madrugadas em claro e dias enfiado no escritório, finalmente resolvi fazer uma viagem de férias com minha esposa e meus filhos. 30 dias viajando de carro pelo Nordeste, desbravando todas as praias da Bahia até o Ceará. Que maravilha hein? Era pra ser uma maravilha... Mas o que me chamou a atenção não foram só as belas praias, mas os problemas que descobri na minha família a cada dia completo que ficamos juntos.

Se você não tem tempo para tirar férias com a sua família eu vou te dizer uma coisa: Sua família está cheinha de problemas. Cheinha não, está entupida! Só passando uns dias inteiros com ela longe da sua casa para você começar a enxergar muitos deles. Eis aqui algumas coisas comuns em nossas famílias que por comodismo costumamos ignorar:

- Nossos filhos não são exatamente quem nós pensamos que são. Após dois dias de viajem comecei a notar que meus filhos eram impacientes, mal educados e com um gênio bem diferente daqueles anjinhos que encontrava quando eu chegava em casa cansado do trabalho.
- Os filhos não sabem tudo que os pais sabem. Achamos que nossos filhos possuem a mesma experiência e mesma atitude nossa em qualquer situação. Na verdade eles não sabem o que fazer na maioria das vezes porque não ensinamos. Temos que ter tempo para andar com eles, brincar, manter um diálogo e contar tudo que aconteceu em nossas vidas para que eles tenham a oportunidade de ouvir e aprender com nossos erros e acertos.
- Não pense que seu filho nasceu honesto e perfeito. Ele só vai ser honesto se ele ver os pais praticando e ensinando o que é honestidade. Se nós, os pais, não ensinarmos – com quem e o que eles irão aprender?
- Eu trabalho, minha esposa trabalha. Vemos nossos filhos ao meio-dia e à noite quando não queremos mais conversar porque estamos “exaustos”. Quem está criando nossos filhos? Fácil: A empregada doméstica e a escola. Nossos filhos são o reflexo do que a empregada doméstica e a escola ensinam. Você tem ensinado alguma coisa para seus filhos? Gritar, brigar e castigar não é ensinar. Temos que saber conversar com eles para que entendam o que queremos dizer.
- Separações entre casais acontecem devido a problemas. Toda viagem longa tem problemas para resolver. É uma ótima oportunidade para reascender o amor e fortalecer a união entre pai, mãe e filhos. Viajar é também uma boa chance para testarmos nossa paciência e unir os membros da família.
- Não inverta as coisas: Tudo só vai estar bem se sua família estiver bem. Na maioria das vezes achamos que a família está bem porque nosso trabalho está indo muito bem, o que é um erro gravíssimo.

Sei que depois destas férias consegui eliminar da minha vida os hábitos de ficar trancado no escritório e de viver dependente do celular.
E há muitos outros problemas que até hoje eu e minha esposa tentamos corrigir.

Talvez esteja na hora de você, antes de ligar a televisão, avaliar se existe algum problema na sua família. Mas se você achar que não, que está tudo bem... Então está na hora de tirar umas boas férias!

O FIM DA CACAUICULTURA


Acabaram-se os tempos áureos das riquezas, do luxo, do coronelismo, do poder e da fama que o cacau impôs no Brasil durante muitos anos. Simplesmente acabou. Eu que pude acompanhar a fartura que toda minha família tinha, hoje vejo a triste realidade que o cacau se tornou: uma ilusão. As poucas chuvas, a seca das nascentes de águas, a vassoura de bruxa, as Leis trabalhistas e o êxodo rural minaram gradativamente a cultura do cacau.

Um pé de cacau já foi semelhante a um pé de dinheiro: esticava-se a mão, arrancava-se o fruto e comprava-se o que queria. Se você acha isto um exagero, lhe digo que o cacauicultor recebia o dinheiro antes mesmo da colheita, pois vendia o fruto quando ainda era flor. Ninguém precisava estudar, nem se formar. Nem os filhos do fazendeiro (pelo simples fato de não precisar trabalhar para ninguém), nem os filhos do trabalhador (por se tratar de um filho de uma escravidão oculta, que os obrigavam a trabalhar das 5h até as 19h como verdadeiros animais).

E a vida seguia assim mesmo: Trabalhador não tinha direito a nada, apenas a trabalhar. Nem direito a adoecer, pois só ganhava alguma coisa se estivesse na roça enfrentando chuva, mosquitos, cobras, maribondos, abelhas, espinhos e feridas causadas pelo facão e pelo podão. Moravam lá mesmo em casas de sapé com as paredes furadas e cheias de barbeiros, camas de taboas, sem água encanada e o banheiro era o mato.

Fui recentemente na fazenda de um amigo. Ele fez questão de me mostrar sua nova plantação de “cacau clonado” (invenção da CEPLAC que diz ser resistente a vassoura de bruxa). Ele me mostrou a numeração em cada pé (VB-514, VB-892), que significa a tecnologia empregada e maior resistência a doenças. Vi seus olhos brilharem ao falar do quanto espera colher daqui há alguns anos e lucrar com este seu investimento. Sua roupa suja e rasgada, sua casa com piso arrebentado e telhado cheio de falhas. Seu único veículo é uma velha bicicleta encostada do lado de fora da casa. Esta é a vida atual dos filhos dos coronéis do cacau que, em uma sinistra mistura de esperança e ilusão, ainda esperam a volta da fartura. A arroba do cacau está de R$ 135,00 – Sua última palavra de ânimo antes de nos despedirmos. Foi o suficiente para meus olhos se encherem de lágrimas. Pensei comigo mesmo: O cacau acabou!

PREFEITURA ACERTA EM NÃO FAZER UM GRANDE SÃO JOÃO


É uma atitude correta diminuir as despesas da prefeitura. Gastos públicos com grandes eventos garantem alguns votos, mas poucos sabem que estes mesmos eventos geram grandes prejuízos para a sociedade. A verdade é que todo o dinheiro devorado em poucas horas de festa deixa de ser utilizado em muitos benefícios para o povo.

Nos últimos anos Jequié ficou conhecida como a terra do carnaval e depois como a terra do São João. E nestes mesmos últimos anos em muitas áreas urbanas (Pau Ferro, Urbis e Malvinas por exemplo) crianças nasceram e foram criadas sem uma quadra poliesportiva e com esgotos a céu aberto. Faz vergonha saber que pontos importantes da nossa cidade continuam sendo esquecidos pelos gestores enquanto grandes festas são realizadas. Primeiro é necessário economizar e organizar a cidade para depois pensar em um grande evento.

Quem dera o mar de dinheiro que Jequié arrecada fosse bem aplicado na solução dos tantos problemas que fazem a cidade perecer. Quem dera tivéssemos uma administração que valorizasse os funcionários do município motivando-os para que prestassem um grande serviço à população. Quem dera tivéssemos uma administração que buscasse com o próprio povo uma parceria para resolver muitas dificuldades. Que fossem colocadas em práticas algumas das tantas opções de investimento que valorizam e incentivam o comércio local. Quem dera...

Mas, pelo andar da carruagem, esta economia do não São João será destruída nas investidas para as próximas eleições. Servirá para pintar meios fios de cal, roçar o matagal das esquinas e tapar alguns buracos apenas visando as campanhas. Deve rolar o mesmo filme de épocas passadas. Oxalá esteja eu errado.

E você? Concorda ou não com o cancelamento das grandes festas?

JEQUIÉ NO CAMINHO "SERTO"


Tudo que começa errado tende a continuar errado? Quantas gestões seguidas de péssimas administrações Jequié ainda terá que suportar? A única coisa que estamos vendo há muito tempo é uma confusão nos órgãos públicos causada pela baixa qualidade administrativa dos políticos que elegemos. Observe que nós eleitores somos os únicos culpados por tudo o que tem nos atormentado durante anos. Ora, estamos entregando nossa fazenda de grande valor para qualquer pessoa gerenciar. 

Pois é exatamente isto que temos feito com a nossa cidade. Estamos dando de bandeja o nosso patrimônio, o nosso ouro para quem aparece com a conversa mais bonita... E depois ficamos lamentando que tudo esta abandonado, sendo destruído.

Algo semelhante tem acontecido com os cacauicultores que sem forças, sem verbas e sem solução para a crise do cacau acabam por entregar suas terras a terceiros visando dividir o lucro da produção. O terceiro (cheio de sonhos e ilusões), também conhecido como meeiro, promete cuidar, zelar e produzir o mundo e os fundos... E o final é sempre o mesmo: descobrem que a parceria não é bem o que parecia e que o lucro não é isso tudo.

Da mesma forma estamos nós moradores, eleitores e donos da cidade de Jequié: Estamos entregando os nossos bens para quem promete o mundo e os fundos... Só que com uma grande diferença dos meeiros do cacau: No órgão público nada está sendo dividido nem dado ao dono da fazenda (o povo); tudo está sendo maltratado e ninguém sabe para onde está indo o que deveria estar vindo.

Infelizmente nos acostumamos a ficar sentados no sofá da nossa casa assistindo televisão e colocando a culpa em Brasília. Não buscamos informações sobre quanto é arrecadado e como estão sendo aplicadas as verbas da nossa cidade. Não fiscalizamos. Simplesmente achamos que isto é serviço exclusivo para quem foi eleito. Até temos boas intenções, mas o nosso comodismo nos leva para um falso caminho certo.

Se o ditado popular diz que Deus escreve certo com linhas tortas, estamos escrevendo “certo” com as letras erradas!

ABELHAS


Era uma vez... uma mulher que sempre era picada por abelhas na cozinha da sua casa. Ela era uma dedicada dona de casa, amava o esposo, educava sabiamente os filhos, cuidava de todos afazeres... Mas sempre era picada por abelhas na cozinha da sua casa. Por precaução começou a carregar um pano no ombro para vez ou outra sacudir tentando afugentar aqueles insetos. Mas ela sempre era picada por abelhas na cozinha da sua casa. E tentou de tudo: Fazia fumaça, queimava casa de cupins, queimava farinha... E o pano, a fumaça e as picadas das abelhas se tornaram coisas do cotidiano da sua vida. Acostumou-se a tudo.

Até que um belo dia o esposo prestou atenção e começou a pensar como poderia dar um basta naquele incomodo. E finalmente começou a investigar o motivo de tantas abelhas na sua cozinha. E finalmente descobriu que havia uma grande colmeia instalada no forro da sua casa, a FONTE do problema. E finalmente retirou a colmeia... E acabaram-se os inconvenientes com as abelhas.

Acabou lá, mas aqui... Assaltos, tráfico de drogas, mortes. A polícia investiga, prende. No outro dia mais assaltos, tráfico de drogas, mortes. A polícia faz blitz, investiga, prende. Mais um dia de assaltos, tráfico de drogas, mortes. Os centros para recuperação de viciados sempre cheios. Abelhas... muitas picadas de abelhas. – E tudo continua do mesmo jeito.

Ninguém faz nada para tirar a casa das abelhas, acabar com a FONTE dos problemas: As crianças e os adolescentes. Sim, Crianças e adolescentes sem saneamento, sem esportes, sem educação digna, sem curso profissionalizante.  Crianças e adolescentes à mercê do crime, uma verdadeira fábrica de soldados do tráfico, soldados da violência.

A solução não está nas prisões, nos presídios. A casa das abelhas está no que temos oferecido para nossas crianças e adolescentes: NADA! Prefeitura omissa, Estado omisso, sociedade inerte.

Preparem o pano nos ombros! Preparem a fumaça! Infelizmente a casa das abelhas vai continuar produzindo muitas abelhas!